Oi gente!
Parece que coisas acontecem na nossa vida que fazem com que voltemos a escrever com força total!
Ortografia e cego - missão impossível?
Estava eu ontem em um canal que foi criado para ter um lugar a mais de conversa entre os antigos freqüentadores (eu sei, o trema foi abolido, mas eu não consigo ouvir o Jaws for Windows lendo estranho; se melhorarem a fala dele na nova versão sem que eu tenha de distribuir o arquivinho de dicionário pra todo mundo que eu conheço e novato fique de fora, prometo tirar também!) do Hub for Ever, um canal de irc, quando um dos integrantes, o qual ainda não terá seu nome citado porque pode não apoiar, me perguntou se eu realmente era cego já que teclava com rapidez e perfeição. Aqui ele não entrou na questão de posição dos dedos tocando o F e o J, mas sim a ortografia. Expliquei pra ele que tive uma mãe bem implicante quanto à minha forma de teclar. Ao usar a crase, uma outra integrante do canal me perguntou se eu poderia explicar-lhe como usar a crase. Um terceiro irqueiro teceu o seguinte comentário:
"Chega a ser irônico uma aula de ortografia com um cego." Bem, não quero aqui ridicularizar o sujeito, tanto que o nome não vai ser referenciado, mas faço a seguinte reflexão pública:
Se o cego tem de aprender a escrever em Braille, que diferente da língua de sinais tem a mesma regra de pontuação, maiusculização das letras e até acentuação, o que tiraria a habilidade de um cego de lecionar neste campo? Bem, existe até mesmo gente que faz faculdade de letras, por ser um curso que não depende da visão mas do conhecimento lingüístico pra aprender! Entretanto, aqui embora seja uma espécie de desabafo, é mais um alerta também para outras pessoas, porque se o cego pode ter vida normal fora de casa como mostrou meu xará num vídeo que tem dele no programa da Ana Maria Braga e que pode ser encontrado no Google procurando por conheça a história do Carioca, no computador então nem se fala!
Esclarecedoramente,
Doidus!