Oi turma,
E vou eu novamente refletir, neste último dia aqui em Pato Branco. (nem adianta falar que eu não sou daqui, e que tô me promovendo, porque nasci antes da personagem, risos.):
-eiro Importante, -eiro Insignificante
Estava eu distraidamente, ouvindo a agüinha do chuveiro caindo à minha volta, quando uma voz soou:
"O carteiro!"
Continuei refletindo sobre outras terminações em -eiro, que normalmente são tão presentes na nossa vida, mas tão inomináveis. E me veio o trecho de algum filme, de algum diálogo:
"Deixe que a arrumadeira cuida disso". "O jardineiro que tome conta das plantas!". "Essa cozinheira é incompetente! Minha sopa está sem sal!!!" E aí, entra a convenção social, e minha vontade de mandá-la pra ponta do pavio. Por que não se faz isso com pessoas de uma classe social mais elevada, ou que não mete a mão na massa? Nunca ouvi falarem, pelo menos, no mesmo tom de desdém: Esse ator não faz algo além da obrigação dele, ou esse cantor desafinou. Sempre sabe-se o nome de um cantor, de um ator, e muitas vezes, até de um professor. Mas onde entram os -eiros e -eiras, que muitas vezes trabalham bem mais, e dos quais as pessoas desviam do caminho, talvez para não atrapalhar, ou pior, para não entrar em contato? Até o lugar da casa, o banheiro, é tratado com uma espécie de tabu: se alguém falar que vai ao banheiro, já é olhado com indiferença. Imagine se falar, então, o que vai fazer lá! Não que alguém precise saber disso, mas o próprio fato de falar em banheiro já é algo nojento, mesmo sabendo-se que lá tem a escova de dentes, o chuveiro e, por que não dizer, a descarga!!! Dedico, então, a postagem aos lixeiros, faxineiros, jardineiros, cozinheiros, arrumadeiras, costureiras, cabeleireiras, e outros que agora me fugiram da mente, por descuido!
Dedicatoriamente,
Doidus!
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