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12 março, 2007

Fala pessoal!

E agora, como prometido a uma amiga do Skype, que é a pacificadora das situações, mesmo com o jeito estressado dela de ser,
aqui vai:

Conversa com a Chuva

Um sonho, uma situação, um tempo, e o resultado é esse...

D: Oi? te ouvi chegando e queria conversar. me dá uma forma de me aproximar de você?
C: Calma aí. já falo com você.

Nada... só foi a trovoada, e ela saiu... Irradiando o ambiente, mas sem falar. Mas eu sabia que aquela chuva era especial, justamente pela passagem relâmpago e misteriosa. Pensei:
Preciso esquentar mais água, para que a chuva se fortaleça e venha a mim...
De repente, sem que eu esperasse...



C: Obrigada pelo sinal, tive a certeza de que você está preparado para me receber!
D: Nossa! Não esperava que você viésse tão rápido. tenho medo de tentar aproximações, você pode me ajudar?
C: Claro! Mas você tem de fazer a sua parte. Abra os seus poros!
D: Mas eu tentei abrí-los, e um inseto em vez de aproveitar e entrar pra me ajudar, rompeu mais minha pele, deixando-a ferida.
C: Nem todos os elementos naturais são iguais. Você não está sozinho, estou aqui com você. Só me chame, e virei correndo te ajudar, de onde eu estiver! Nas quatro estações, só me chame.
D: Nossa! Você realmente é legal!
C: Então, topa correr comigo, tomar banho em mim, enquanto isso, você me esquenta com teu corpo que está em movimento?
D: Sem dúvida alguma!

E o tempo passou. Cada vez eu corria mais... Cheguei mesmo, a correr tanto que muitas vezes, deixava pingos que estavam apontando para mim, caírem no chão e se ferirem, por pensar que tudo era uma brincadeira. Outras vezes, por querer correr, esquecia que estava na chuva, e corria para baixo de uma árvore, que aliás também era amiga, mas sem prévio aviso... E deixava minha amiga magoada. Sei que tive deslizes, mas tudo era bom, e eu tentava compreender, e ela me compreendia... Até que depois de brincarmos muito...

C: Sabe, eu preciso seguir para longe. Eu tenho outros pingos, eu tenho minha família, meu rio, onde eu preciso me reunir. Sinto que
perco convivência com eles, por estar só te molhando...
D: Eu vou sentir tua falta!
C: Sempre que eu puder, eu vou aparecer, mas bem menos tempo.
D: tudo bem, é triste, mas vou saber entender...

Até aí, tudo bem... Só que nessa pressa, nessa ânsia... Antes da partida...

C: Bluuummm...

Ouvi aquele trovão que com seu raio, me atingiu de forma bem maior do que outros raios, esse realmente foi no meu coração. A chuva, tão amiga, se transformou em uma tempestade, empolgada demais para perceber que com o trovão, até ela mesma acabava
aquecendo o espaço ao redor, e destruindo partículas dela mesma. E atingindo a todos os que brincavam nela...

D: Não agüento mais! Você não só se afastou, mas me atingiu ao fazê-lo! Estou ferido!
C: Você reclama muito, e não quer compreender-me, logo em um momento tão feliz da minha vida...
D: Mas você, está feliz. E eu, agora, estou precisando de você.
C: Eu sei, mas não posso te ajudar. Mesmo assim, continuo sendo tão próxima quanto antes.

Eu percebi que ela não me entendia. Ela estava querendo, com seu raio, me levar para o mundo dela, com pouca probabilidade de conhecer a dimensão do meu... Queria me tocar com coisas sobre o mundo dela, mas não me acariciava com um jato que eu pudesse interpretar como se ela quisesse saber como eu estava me sentindo...

D: Preciso me afastar, sei que você ainda pinga em mim, mas o pingo só me fere mais, porque sei que isso só vai diminuir...
C: Você e sua mania de antecipar as coisas! Por que diz isso?
D: Sempre que levanto a mão para te tocar, você até vem, mas me molha com um pingo tão leve que parece que você está molhando por pressão, por a minha mão estar obstruindo teu caminho. Por isso, vou baixar a guarda, e com isso, não quero te deixar cair no
chão, mas sim escolher o teu caminho. Chuva, você está livre!!! Se quiser voltar a me molhar, pra que a gente possa correr, pra que eu possa te envolver no meu braço e você me envolver nos teus pingos, eu vou te receber, porque gostei muito de tudo. Mas pingos
ralos eu não conseguirei aceitar. Talvez, num futuro próximo, aconteça, por algum destino, de eu encontrar você no meio desse rio, e só assim, voltar a ter uma companhia tão empolgante quanto quando você sentia em mim uma fortaleza, e eu ainda continuo, desde
aquela época, depositando mais água na chaleira, pra esperar esse momento.

Molhadamente,
Doidus.

2 Comments:

Blogger Vani said...

Gostei da analogia, ficou ótimo o texto (aspectos literários). Bem melancólico, senti uma tristeza quando li, como uma ferida tocada (aspectos sensitivos). Sobre o assunto, sem comentários (vc já sabe). Abraço; Odonata.

2:56 AM

 
Blogger Diniz! said...

Este comentário foi removido pelo autor.

12:41 PM

 

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