Pessoas doidas, malucas e críticas! Sendo amigáveis, podem postar comentários!

30 novembro, 2007

Oi turma,

E vou eu novamente refletir, neste último dia aqui em Pato Branco. (nem adianta falar que eu não sou daqui, e que tô me promovendo, porque nasci antes da personagem, risos.):

-eiro Importante, -eiro Insignificante

Estava eu distraidamente, ouvindo a agüinha do chuveiro caindo à minha volta, quando uma voz soou:
"O carteiro!"
Continuei refletindo sobre outras terminações em -eiro, que normalmente são tão presentes na nossa vida, mas tão inomináveis. E me veio o trecho de algum filme, de algum diálogo:
"Deixe que a arrumadeira cuida disso". "O jardineiro que tome conta das plantas!". "Essa cozinheira é incompetente! Minha sopa está sem sal!!!" E aí, entra a convenção social, e minha vontade de mandá-la pra ponta do pavio. Por que não se faz isso com pessoas de uma classe social mais elevada, ou que não mete a mão na massa? Nunca ouvi falarem, pelo menos, no mesmo tom de desdém: Esse ator não faz algo além da obrigação dele, ou esse cantor desafinou. Sempre sabe-se o nome de um cantor, de um ator, e muitas vezes, até de um professor. Mas onde entram os -eiros e -eiras, que muitas vezes trabalham bem mais, e dos quais as pessoas desviam do caminho, talvez para não atrapalhar, ou pior, para não entrar em contato? Até o lugar da casa, o banheiro, é tratado com uma espécie de tabu: se alguém falar que vai ao banheiro, já é olhado com indiferença. Imagine se falar, então, o que vai fazer lá! Não que alguém precise saber disso, mas o próprio fato de falar em banheiro já é algo nojento, mesmo sabendo-se que lá tem a escova de dentes, o chuveiro e, por que não dizer, a descarga!!! Dedico, então, a postagem aos lixeiros, faxineiros, jardineiros, cozinheiros, arrumadeiras, costureiras, cabeleireiras, e outros que agora me fugiram da mente, por descuido!

Dedicatoriamente,
Doidus!

24 novembro, 2007

Oi turma,

Lá vou eu, com a primeira postagem estando no Skype e escrevendo!

Mascarar

Estava eu juntando os comentários da Odonata, e o do Splyt, feito em off, que fala sobre como é difícil quebrar um paradigma, principalmente por fatores não só de conscientização, mas principalmente comerciais e fatores ligados ao fato de as pessoas pisarem umas nas outras, e me veio a musiquinha de um filme que, embora eu não assisti, tem a ver com o mundo em que vivemos:
MASQUERADE!!! Quer exemplo melhor do que esse tema, tocado no Fantasma da Ópera, pra identificar o ser humano? Hoje em dia, até uma amizade precisa de máscaras. Às vezes, a permanência de um amigo ao teu lado, significa ocultar um segredo, significa mascarar uma mágoa, ou mesmo não se doar tanto quanto se poderia doar, porque ninguém gosta de um amigo sufocante, e existem segredos que podem destruir toda uma amizade, se a pessoa não concordar com atitudes. Para obter um emprego, muitas vezes se mascara a consciência, quando se consegue um emprego por meio de Q.I. (quem indica). Até onde isso é sinal de um ser humano evoluído, que ainda precisa se ocultar pra mostrar sua capacidade e competência? E se isso é evolução, será que o ser humano ainda não é bem evoluído por não saber cometer crimes perfeitos? Se esse for o caso, prefiro ir, "mais uma vez para baixo, para a prisão da minha mente..." Me sinto mal por cada máscara que me ponho, mesmo as que os outros apontam, mas principalmente, aquelas das quais minha consciência reclama, porque dessas, não tenho como me livrar, a não ser gritando a tudo e todos: Vá agora! vá agora e me deixe... Porque escondido do mundo, máscaras são desnecessárias, mas expostos, se não nos mascararmos, podemos facilmente nos considerar caçados por todos, saudados com desprezo em todos os lugares...

Devolutivamente,
Doidus!

17 novembro, 2007

Galera insana,

Estava eu aqui, no meio de giros mentais, trava-línguas do tipo "sopa fria não tem graça", "entrei em lugar errado, indo comprar laranja lá na Laramara", e "me deparei com três pratos de trigo para três tigres tristes no trigal comendo trigo integral". Quando a cabeça deu nó, ainda apareceram pessoas pra me fazer refletir, sobre "verdades" que julgava. Uma delas foi a Odonata, no comment anterior, a outra foi uma criatura de voz ligeiramente grave, aqui referida por lsd, digo, lds_maluckinha, e a outra, uma amiga já referida tantas vezes por aqui... O fato é que... Nasce uma postagem!!!

Todo x é ou tem y

Título estranho? texto mais ainda! O fato é:
quando a Odonata falou sobre o poema da noite, falando "eles não conhecem a nossa verdade, só a deles!" e agora, no comment "discordo que os opostos se atraem", me veio um paradigma. Por que temos a mania de julgar, e aqui eu falo de mim também, uma situação por fatores ligados a ela? Por exemplo, quando se fala de cego, automaticamente se relaciona com música. E vem a verdade que "todo cego é músico". Mas isso não procede. Precisa-se ver fatores como afinação vocal, ou mesmo, nível de audição do referido deficiente. Continuando nossa analogia, "todo o gordo é lento". Discordo de novo! Minha família conheceu uma criatura que, embora com seus quilinhos a mais, subia em postes, arrumava parte elétrica de estações, e trabalhava inclusive na mesma companhia que meu pai! Mais ainda, a criatura era mulher! O que quebra, também, o paradigma de que "isso é trabalho de homem", "isso é trabalho de mulher", etc. Meu pai mesmo, costurou, e a remédio pro rosto tem a prova na casa dela, um porta-cd de tecido pra dar de presente! E nunca demonstrou tipo algum de tendências homossexuais. Aí vem alguém gesticulando, sozinho, tentando falar algo. "Lá vem aquele débil mental", dizem uns. Não aceito isso! Muitas vezes, o referido é só um surdo que, por não usar da comunicação por leitura labial, tenta, por gestos, se fazer entender! Eu mesmo ontem, me referindo ao erotismo natural impregnado no corpo dos cariocas, soltei um "bote um afegão no Rio de Janeiro, e o sujeito esquece rapidinho quem é Allah!" Quem garante que não existam comportados no RJ? Ou pior, que o afegão em questão, não enlouqueça vendo tanto pecado? Nem na matemática o "todo x tem y" procede. Veja só:
Todo 4 tem 2. Bom, em 4 cabe o número 2? Até cabe... Mas só se não ocupado por um 3, o que daria espaço, depois, só pro número 1! E é aí que eu quero chegar. Nem tudo é como se parece, tendo N, M ou V maneiras de se analisar!!!

Comentativamente,
Doidus!

12 novembro, 2007

Oi turma,

Primeiramente, vamos à resposta para o comentário do Parablind, e depois, a uma nova postagem!

Depois que pensei na situação, também me achei ridículo pelo lance do gás. Não pelo que eu fiz comigo, afinal, é muito legal a sensação de cabeça rodopiando, audição aguçando e ampliando... Mas sim porque eu teria alterado o livre arbítrio de todos à minha volta se tivesse causado um incêndio. Minha saga de migrar a uma planta ainda não acabou... Segundo, sempre soube que você faria amigos sozinho, inclusive, já que considera a minha amizade, você a fez sozinho. E lembre bem: a primeira vez que me referi à conveniência foi uma que pelo teu senso de "vou fazer uma brincadeira que eu goste, independente dos outros," criou formas de clonar apelidos e usava mensagens da caixinha pra incomodar pessoas. Você queria amigos, mas tava indo pelo caminho errado; que forma melhor do que avisar isso do que com um golpe do estilo "vai por aí que um dia nem eu te aturo mais"? E isso te fez repensar; não no dia, não na hora... Mas ao longo do tempo. Você sabia que, se quisesse amigos sem considerar a ajuda, teria de analisá-los também. E falando em análise, você sabe muito bem o que acho sobre sons de estrangulamento... Mas no meu caso, é de um tipo específico... Bom, mas isso não vem ao caso; resposta dada! Postagem segue nessa mesma mensagem:

O Amigo Tesoura

Estava eu aqui, lendo "O Caçador de Pipas", quando me deparei com uma frase:
"Como poderia eu ser amigo dele, se só brincava com ele quando ninguém mais estava por perto? Se ele era filho do empregado de meu pai?" Aquela frase, me deu um estalo. Um estalo de uma tesoura gigantesca na cabeça.
- Nossa! - A exclamação saiu, porque pensei na minha realidade. Não por ser amigo de uma pessoa inferior, mas talvez superior a mim em muitos aspectos, e totalmente diferente de mim, em todos. Alguém aqui já teve amizade com outra pessoa, de pensamento que vai totalmente contrário ao "lógico" seu? Que sequer tem gostos musicais, cinematográficos, sentimentais e até de conceitos de família compatível? Já se deparou questionando como essa amizade poderia existir? É estranho... Muito estranho... Mas eu tenho amizade com uma pessoa assim; eu sou agressivo, a criatura é na dela. Eu sou analítico pela história; ela, pela literatura. Eu sou preso pela letra; ela, pela melodia. E normalmente, uma melodia que me dá sono em segundos! Em que ponto, então, começa uma amizade? Sendo ela superior, será que é na esperança que eu mude? Mas se eu sou inferior, por que não consigo terminar, e por que nem quero terminar, a amizade com essa pessoa tão inversa? Somos uma verdadeira tesoura; astes com lâminas viradas uma contrária à outra, que seguem rumos diferentes. Ou talvez, eu sou uma aste parada, mas ela sempre vai para um lado contrário ao que eu estou. Mas o curioso é que somos ligados por um ponto, um eixo central, um parafuso indefinido. E mais ainda, quando nos encontramos, para um mesmo fim, assim como a tesoura, conseguimos, unidos, cortar até galho de vime!

Cortantemente,
Doidus!